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Percepções contemporâneas: Estamos na era do afetivismo?

Atualizado: 25 de mar. de 2022



Um aporte crescente de recursos financeiros tem fomentado pesquisas na área das emoções, sentimentos, motivações, humor e outros processos afetivos. Diante dessa percepção, um robusto grupo de renomados pesquisadores publicaram na revista científica Nature Human Behaviour um artigo consensual questionando se o impacto cada vez mais reconhecido dos fenômenos afetivos inaugurou uma nova era, a era do afetivismo.


Considerando que o behaviorismo se desvaneceu devido ao seu fracasso em resolver perguntas sobre o pensamento humano e ação, embora muitos dos seus elementos continuam a influenciar pensamento cognitivista, esse último representa uma rejeição de alguns dos princípios centrais do behaviorismo. Já, as chamadas ciências da afetividade complementam o cognitivismo em vez do que suplantá-lo.


As ciências afetivas exercem cada vez mais influências em domínios socialmente importantes tais como nas searas da educação, considerando cada vez mais aprendizagem e o bem estar do educando e do educador, incentivando a formação continuada em programas de aprendizagem sócio-emocional; do direito abrindo espaço para o papel da afetividade nos processos de tomada de decisões jurídicas; nas questões relacionadas ao clima através da motivação de ações levadas a mitigar mudanças climáticas em grupos de civis e organizações governamentais.


Sem falar na saúde, tecnologia e ciências humanas. Seja a avaliação neuropsicológica, como intervenções pós lesões no sistema nervoso central, buscam não somente a recuperação motora e cognitiva, mas o bem estar mental do paciente. Cada vez mais a psicologia tem voltado seu olhar para processos relacionados à regulação emocional e terapias que tem como ponto central as emoções e compaixão. A tecnologia aprimora com perspicácia a “computação afetiva” através da inteligência artificial, robótica social, chatbots, dispositivos como ALEXA, SIRI, CORTANA, que são verdadeiros “companheiros” virtuais.


Diante disso convido os leitores a uma breve relevante e oportuna reflexão: estamos na era do afetivismo?


O artigo "The rise of affectivism" está disponível para leitura na aba "downloads".


Dr.ª Daniela Martí Barros

Pesquisadora, professora e palestrante




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