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Conversando com as crianças: construindo pontes entre cérebro direito e esquerdo

  • Foto do escritor: Daniela Barros
    Daniela Barros
  • 13 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jul. de 2020


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Nesses tempos de pandemia estamos mais perto das crianças, já são quase dois meses sem aulas e atividades complementares. Lidar com a energia, emoções, desapontamentos dos pequenos requer de nós uma atenção especial.

Acredito que o conhecimento sobre o funcionamento cerebral possa embasar algumas ações e tomadas de decisão.

O cérebro é composto por dois hemisférios, o esquerdo e o direito. O hemisfério esquerdo está relacionado às questões de ordem, lógica e linguística. É linear, põe as coisas em ordem, adora listas. O hemisfério direito é mais abrangente, não verbal. Sua comunicação se dá principalmente por expressões faciais, contato visual, tom de voz, postura e gestos, é mais intuitivo e emocional. A comunicação entre os dois hemisférios é intensa e permite a integralidade, sem que haja uma inundação ou deserto emocional.

Em tantos momentos percebemos que as crianças estão incomodadas, com reações exacerbadas, tensas por terem muitas tarefas escolares a serem cumpridas, ou as menores muito tempo sem se relacionar com outras crianças na creche. É fundamental voltar a atenção às emoções dos pequenos, reconhecendo seus sentimentos, mesmo que nos pareçam sem sentido. Construir pontes entre nosso lado direito e o lado direito das crianças possibilita uma conexão emocional, sentem-se acolhidas, pois entramos em sintonia com os sentimentos delas.

Uma vez que houve essa conexão dos “lados direitos” podemos redirecionar a situação com o lado esquerdo e usar argumentos lógicos (de acordo com a idade) e planejamento para tentar resolver o problema. Nem sempre é tão simples, pode ser que haja uma inundação emocional em que tenhamos que deixar as “ondas” arrebentarem na praia e depois buscar a aproximação.

Na prática umas das melhores estratégias de integrar o lado esquerdo e o direito é contar histórias. As crianças podem contar ou desenhar as histórias que viveram. Às vezes não conseguem, então os adultos podem ajuda-las a recontar a história nomeando as emoções. Rotular as emoções reduz a atividade das redes neurais do hemisfério direito e acalma.

Construir pontes pode ser uma ótima estratégia para aprimorar a nossa conexão! Algumas dicas: - Proporcionar a hora da contação de história, onde as crianças podem contar suas próprias histórias. - Criar um painel de desenhos na parede de casa. - Promover espetáculos de teatro em casa, de preferência que as crianças criem suas indumentárias. - Montar um cérebro de papel, de massinha de modelar ou de argila explicando brevemente como ele funciona. Para saber mais: Siegel D, Bryson T. O cérebro da criança. 7ª reedição. Ed nVersos, São Paulo, 2019.


Dr.ª Daniela Martí Barros

Pesquisadora, professora e palestrante




3 comentários


Ana Beatriz Reckziegel Marques
Ana Beatriz Reckziegel Marques
20 de mai. de 2020

Muito bom Dani. Estar com as crianças, dedicar do tempo para que elas possam desenvolver todas estas competências neuronais e curtir com elas do tempo precioso da infância, que passa tão rapidamente. Talvez este tempo de corona esteja dando o tempo de curtir e acompanhar bem de perto os nossos pequenos, os nossos filhos. Abraço!!

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Marila Drugowick Ferreira Reato
Marila Drugowick Ferreira Reato
15 de mai. de 2020

Olaaaa....sou de Ribeirão Preto-SP...amiga da Silvinha...ouvi sua live agora...e acabei de ler o texto....

Sou muito grata por vc compartilhar de forma simples...precisa e clara ... informações tão valiosas...

Forte abraço

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Fabiane Ardenghi
Fabiane Ardenghi
13 de mai. de 2020

Super dica, Dani! Obrigada!

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