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  • Foto do escritorDaniela Barros

Praticando autocompaixão



Quando nos damos conta de que na vida é preciso amar-se, comumente nos “encaramos” e, muitas vezes, lançamos a pergunta: “como posso começar?”. Para auxiliá-lo nessa trajetória, compartilho abaixo quatro maneiras para trilhar o caminho da autocompaixão.


1- Querer-se bem

Às vezes, pode parecer um pouco estranho, pois uma das maneiras de iniciar um processo de autocompaixão é querer-se bem da mesma forma e intensidade que manifestamos afeto a pessoas que gostamos muito. Adotar uma fala carinhosa, gentil, respeitosa e cheia de ternura consigo. Estar atento aos recados e avisos que nosso corpo nos envia, pois ele está compartilhando mensagens constantemente.


2- Acariciar-se pela respiração

Levar a atenção para a respiração e observar o seu ritmo fluindo por todas as partes do corpo. Contemplar o fluxo de movimentos sutis, mentalizando gentileza e compaixão a cada inspiração e expiração. Observar os sentimentos, e pensamentos, que aparecem sem apegar-se a nenhum deles. Se houver algum desconforto, alguma dor, leve a respiração para aquele ponto. Logo depois, reserve um momento para refletir sobre o que você acabou de vivenciar, o que observou, o que experimentou. Como foi para você trazer amorosidade, gentileza e ternura e se permitir acariciar pela respiração?


3- Investir em experiências positivas

Outro caminho muito efetivo é investir em experiências aprazíveis. Na grande maioria das vezes não requer muito dinheiro, e sim a intenção de buscar nas coisas simples que aquilo que possa dar alegria. Como levar a si mesmo para passear em algum lugar com área verde, observar o céu, ler ou assistir aquele filme que há muito gostaria de ver. Valorizar ao máximo os “pequenos instantes” da vida, descobrindo belezas e habilidades que podem estar escondidas.


4- Explorar o toque calmante

O toque calmante é uma boa opção para praticar a autocompaixão. De início, pode parecer meloso, porém é importante aproveitar o vigor do toque físico para auxiliar no gatilho de resposta neurofisiológica da autocompaixão. Para isso, pode-se experimentar gestos que pareçam genuinamente acolhedores, como acariciar suavemente o antebraço, o próprio rosto, colocar uma mão no coração, e cruzar os braços ao redor do corpo, proporcionando um suave abraço. Você poderá praticar isso sempre que quiser, o importante é encontrar um gesto que desencadeie a resposta de autocompaixão.


Se achar necessário, busque um local mais retirado, esteja com a consciência plena nessa atividade. Uma alternativa que pode auxiliar o principiante nesse exercício é acariciar um cão, um gato ou bichinho de pelúcia e, gradativamente, tentar um gesto no seu corpo que proporcione acolhimento e boas sensações.

É possível viver uma vida que vale a pena praticando a autocompaixão, basta exercitar!


Para saber mais sobre Atenção Plena (Mindfulness) e Autocompaixão

- NEFF, K., GERMER, C. Manual de mindfulness e autocompaixão. Artmed, Porto Alegre, 2019.

- VOGEL, K. Quando aprendi a me amar. Conscientia Psicologia, São Paulo, 2016.




Dr.ª Daniela Martí Barros

Pesquisadora, professora e palestrante




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