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  • Foto do escritorDaniela Barros

Mindfulness e autocompaixão: uma grande parceria!



Parece tão simples... E é!


Mindfulness (ou atenção plena) é uma habilidade descomplicada, se formos avaliar a fundo, basta apenas observar o que está acontecendo, ao nosso redor, em nosso interior, em nossas emoções, em nossos sentimentos e pensamentos, em tempo real, ou seja, enquanto eles estão acontecendo. Convido você a parar por alguns segundos e observar o que está acontecendo no momento presente através da porta dos seus sentidos: audição, visão, tato, olfato e paladar. Observar cada sutileza, sem julgar, querer que seja diferente ou se apegar a ela. Quando estamos conscientes do que acontece ao nosso redor nos permitimos experimentar o mundo diretamente, ao invés dos filtros de nossos pensamentos, que não cessam de aparecer em nossa mente.


Ao desenvolvermos a prática de atenção plena, podemos nos aproximar dos nossos sentimentos, das nossas dores, dos nossos erros e fracassos e aprender a acolhê-los com gentileza e compaixão. A autocompaixão envolve tratar a nós mesmos da mesma forma que tratamos um ente querido ou um amigo que está passando por alguma necessidade. Mesmo que essa dificuldade seja ter cometido um erro, ter sido inadequado, ou o enfrentamento de uma situação desagradável. Por meio do cultivo da autocompaixão nos tornamos nosso melhor aliado, ao invés de um inimigo interno. A autocompaixão está ancorada em um tripé: mindfulness, autobondade e humanidade compartilhada.


Via de regra quando cometemos alguma falha a tendência é de recriminação, ruminação de pensamentos, ao invés de uma atitude acolhedora sobre nós mesmos. A autobondade desenvolve em nós a capacidade de combater a tendência à recriminação, permitindo que nos tratemos com gentileza, que nos dirijamos a palavra em tom amoroso e confortador. Afinal de contas pertencemos a uma humanidade compartilhada, e esse senso de interconectividade é fundamental para a autocompaixão. A interconexão também que nos permite reconhecer que somos humanos, cometemos gafes, experimentamos reveses na vida. Estar consciente da autocompaixão evidencia o fato irrevogável de que a vida envolve sofrimento para todos, sem exceção. Com frequência mordemos a isca de acreditar que tudo “deve” andar bem, quando isso não ocorre é porque fizemos algo errado. A humanidade compartilhada nos ajuda a lembrar que a dor faz parte da experiência humana e que cada momento de sofrimento pode ser transformado em conexão com os outros.


Podemos buscar uma vida que vale a pena ser vivida refinando nossas práticas de mindfulness e autocompaixão!



Para saber mais sobre Atenção Plena (Mindfulness)

. NEFF, K., GERMER, C. Manual de mindfulness e autocompaixão. Artmed, Porto Alegre, 2019.



Dr.ª Daniela Martí Barros

Pesquisadora, professora e palestrante




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